War in skies

A mão sobre o coração

Tenho a mão sobre onde antes tinha o coração e agora jaz uma espingarda
Onde a coragem dá lugar ao medo sob os gritos das balas e estouros de granada

Trago um pena na alma que me pesa no peito mais que as medalhas a eito
Louvores a preço de sangue lavado a preceito na cama em que à noite me deito

Por cada bala que disparei, ai tantas almas matei
E por cada medalha que ganhei, várias lágrimas chorei
E se me pesa o peito, o heroísmo é em vão
Quando eu ponho a mão sobre o meu coração

Pesam-me as botas de tanto andar sobre os ossos dos corpos dos mortos
Das caras vazias que podiam ser amigas ou companheiros de desportos

Há quem os chame de cães castrados, que são só o inimigo combatido
Mas se o coração me queima d´ódio, o deles queimará sobre o meu corpo ferido



poema de (adaptado)